Sheila Mello e Philip Miha mostram aos indianos como se dança o zouk.
A dançarina brasileira Sheila Mello é a principal atração do I Festival Mundial de Dança, que acontece entre os dias 10 e 13 de setembro, num hotel cinco estrelas em Gurgaon, cidade vizinha à capital indiana Nova Déli.
Ao lado do parceiro Philip Miha, Sheila apresentou aos indianos a sensualidade do zouk, ritmo caribenho temperado com boa dose de suingue brasileiro. Ela também arriscou seus primeiros passos no kathak, dança tradicional da Índia.
“As indianas estão de parabéns, dançam muito bem. A delicadeza das mãos no kathak é linda”, destacou Sheila, apontando diferenças entre os estilos. “Elas não usam muito o quadril, então faltou rebolado no zouk. Já eu tive que segurar meu quadril no kathak”, disse a dançarina, que também se divertiu com as músicas de Bollywood, nome da maior indústria de cinema da Índia.
O festival é uma criação da empresária brasileira do ramo de cosméticos Clélia Angelon. Apaixonada por dança, ela conhece a Índia há 30 anos e foi casada com um indiano. “A princípio, fiquei com medo da reação deles por causa da sensualidade da nossa dança. Mas eles gostam de dançar por natureza e são hospitaleiros como o brasileiro. Brasil e Índia têm muito em comum e estão cada vez mais próximos”.
Quem se dispôs a pagar entre 5 mil e 14 mil rúpias (entre R$ 188 e R$ 525) para participar do evento, aproveitou workshops de vários estilos de dança durante o dia, além de shows e festas à noite. Mas a primeira edição do festival atraiu mais a atenção da mídia indiana que do público: algumas mesas vazias denunciaram que nem todos os ingressos foram vendidos. Mesmo assim, Clélia faz planos ambiciosos para os próximos anos. “Quero realizar o evento em Nova York em outubro de 2010 e, depois, levá-lo para França e Japão”, disse.
A dançarina aprende passos de Bollywood com indianas. (Foto: Alfredo Bokel/TV Globo)
Pela primeira vez no país do sul da Ásia, Sheila Mello aproveitou a estadia de nove dias para visitar o Triângulo de Ouro, região formada pelas cidades de Nova Déli, Jaipur e Agra, onde fica o Taj Mahal, uma das sete maravilhas do mundo.
Os contrastes sociais e culturais chocaram a dançarina. “Eu me senti um peixinho num aquário quando saí de saia, mostrando meus tornozelos. Os indianos não paravam de me olhar. Eles também não estão acostumados com loira de olhos verdes e muitos quiseram me tocar e tirar fotos comigo”, contou.
Fonte: Do G1-
(Foto: Alfredo Bokel / TV Globo)
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