
O estilista responsável pela roupa é o mineiro Alexandre Dutra, de 39 anos, que há 10 anos veste as representantes de Angola na disputa. Segundo ele, o vestido custou cerca de R$ 19 mil.
“Só de cristal e renda eu gastei em torno de R$ 9 mil e R$ 10 mil”, conta o estilista, que esteve na plateia do evento nesta segunda-feira (12). De volta a Belo Horizonte na terça (13), ele diz ter comemorado muito a vitória da angolana. “Eu fiquei feliz porque achei que o vestido fez a diferença. Ela ganhou o título ali."


O mineiro também foi o responsável pelo vestido que Natália Guimarães usou no Miss Universo em 2007. Ela ficou em segundo lugar e perdeu o título para a japonesa Riyo Mori. Para Dutra, a vitória de Leila Lopes trouxe um pouco de felicidade após aquela derrota. “Eu me senti muito bem, compensado pelo que aconteceu com a Natália Guimarães. Acabou que eu consegui realizar dentro do meu país o sonho de vestir a miss Universo”, diz.

Relação com angolanas
Dutra explica como as misses de Angola conheceram o seu trabalho. Ele conta que durante 13 anos foi o responsável pelo traje de gala das brasileiras nos concursos de Miss Universo. Como as representantes do Brasil geralmente dividem o quarto com as angolanas, porque as duas nacionalidades falam o português, elas conheceram o trabalho do estilista. Há cerca de 10 anos ele veste as representantes do outro país. Ele ainda se mostra magoado, no entanto, por não ter feito o vestido da brasileira neste ano. "Eu achei que, devido aos anos que eu vesti a miss Brasil, no ano que o concurso foi no meu país eu tinha esse direito."

O estilista lembra que Leila Lopes, que comprou o vestido, fez apenas uma prova da roupa usada no palco do Credicard Hall. Foi durante uma visita ao Rio de Janeiro, pouco antes do concurso. “Ela não sabia a cor, não sabia nada, deixou por minha conta. Só falou para eu não usar cores como pink, vermelho, laranja e amarelo”, diz. “Ela veio ao Rio, fez uma prova, que foi o suficiente. Ela tem um corpo muito fácil. Para quem mexe com costura, é um corpo ideal.”
A então miss Angola só fez um pedido ao estilista: que o vestido tivesse uma fenda. “Ela disse que gostava de fenda. E ela sabe carregar uma fenda, então eu podia ousar um pouco mais nisso”, conta.

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